Este livro é uma colectânea de onze contos que o júri do Prémio Literário OrIando Gonçalves da Câmara Municipal da Amadora comentava assim: "Aqui, Eros e Tanatos jamais conseguirão cortar o cordão umbilical, feito do pacto entre pulsão erótica e a inevitabilidade da morte".Dir-se-ia que aquilo que mais conta para o autor são as possibilidades expressivas da sujidade do real, e a realidade entendida como matéria plástica. "Porém, o escritor messiânico é uma vetusta figura de museu, e os jornais de todos os dias fazem mais pela fotogenia das alfurjas sociais do que a maioria das obras de ficção", escreveu algures António Ferreira. Poderia evocar-se, a propósito deste livro, a célebre máxima programática de Tchekov: "dar voz ao horror que sobe à superfície do quotidiano", mas é bom lembrar que o autor o faz com pudor e distância. Há em Vozes Uivando para a Lua Cheia uma contínua desfasagem entre a violência do narrado e, por exemplo: o tom coloquial do monólogo de Entre- -Ambos-os-Rios que naturaliza o absurdo; a deriva onírica (na esteira de Bruno Shulz e Stig Dagerman) de Yerebatan Sarayi, que desfoca o correr da narrativa e o tom hiperbólico que dá livre curso à crueldade das fantasias de A Bordo de um Jornal, escrito como se fosse um capítulo de O Piolho Viajante, esse clássico esquecido do século XIX.
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Este livro é uma colectânea de onze contos que o júri do Prémio Literário OrIando Gonçalves da Câmara Municipal da Amadora comentava assim: "Aqui, Eros e Tanatos jamais conseguirão cortar o cordão umbilical, feito do pacto entre pulsão erótica e a inevitabilidade da morte".Dir-se-ia que aquilo que mais conta para o autor são as possibilidades expressivas da sujidade do real, e a realidade entendida como matéria plástica. "Porém, o escritor messiânico é uma vetusta figura de museu, e os jornais de todos os dias fazem mais pela fotogenia das alfurjas sociais do que a maioria das obras de ficção", escreveu algures António Ferreira. Poderia evocar-se, a propósito deste livro, a célebre máxima programática de Tchekov: "dar voz ao horror que sobe à superfície do quotidiano", mas é bom lembrar que o autor o faz com pudor e distância. Há em Vozes Uivando para a Lua Cheia uma contínua desfasagem entre a violência do narrado e, por exemplo: o tom coloquial do monólogo de Entre- -Ambos-os-Rios que naturaliza o absurdo; a deriva onírica (na esteira de Bruno Shulz e Stig Dagerman) de Yerebatan Sarayi, que desfoca o correr da narrativa e o tom hiperbólico que dá livre curso à crueldade das fantasias de A Bordo de um Jornal, escrito como se fosse um capítulo de O Piolho Viajante, esse clássico esquecido do século XIX.
VOZES UIVANDO PARA A LUA CHEIA é um livro do gênero HISTÓRIA do autor Ferreira, António editado por ANCORA EDITORA no ano 2006.
VOZES UIVANDO PARA A LUA CHEIA tem um código ISBN 978-972-780-169-5 e consiste em 144 Páginas. Neste caso, é o formato papel, mas não temos VOZES UIVANDO PARA A LUA CHEIA em formato ebook.
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