BRUGES-A-MORTA
BRUGES-A-MORTA Rodenbach, Georges
Éditorial:
SISTEMA SOLAR
Année d'édition:
2013
La matière:
ROMAN
ISBN:
978-989-8566-30-0
EAN
9789898566300
pages:
128
Collection:
SEM COLEÇAO
Haute:
300 Haute
Largeur:
200Largeur
langage:
PORTUGUES

«Um dia, em 1475, o Mar do Norte bruscamente retirou-se; o Zwyn de repente secou, sem que fosse alguma vez possível desassoreá-lo ou voltar a restabelecer uma circulação de água; e Bruges, de ali em diante afastada dessa vasta mama do mar que lhe tinha alimentado os filhos, começou a ficar anémica, e desde há quatro séculos agoniza. Como a cidade é comovente nesta tísica com séculos que a faz escarrar,  atingida por um golpe mortal, uma a uma as suas pedras ù como pulmões  ù e sobretudo comovente numa manhã de Novembro outonal, como esta, sob um céu de palidez parecida com a suaà» Sob o tecto desta nostalgia, já Georges Rodenbach (Bruges, 1855-1898) estava prestes a chegar à história que desde 1892 ficou para momento maior na sua literatura e o fez célebre quando apareceu, como folhetim, em números sucessivos de Le Figaro; sem adivinhar que dezassete anos depois (nove  anos depois da sua morte), este mau destino de Bruges seria remediado  com um novo canal que a deixaria ligada ao porto de Zeebruge. E se a cidade deixou de ser porto importante, apesar da sua nova ligação ao mar, fez-se animado centro turístico. A sua beleza triste, com velhos edifícios a mirarem-se na água e árvores inclinadas sobre os canais, agita--se com multidões que frequentam as esplanadas da GrandÆPlace e ali, mesmo ao lado, aguardam a sua vez para entrar em barcos que percorrem motorizadamente um cenário onde melhor ficariam remadores, irmãos dos que persistem em Veneza. (Note-se que a realidade da nova Bruges existe desde 1990 noutro livro com um título oposto; é de Dominique Rolin, explora esta diferença sobrepondo-a à imagem literária que nos resta de Rodenbach, e para tornar claro o impulso que o domina deu-lhe o título provocatório de Bruges-a-Viva.) Mas «a Morta» é, na Bruges de Rodenbach, uma tristeza de pedra e água que ainda agora persiste, e a memória de uma mulher amada. Nos canais da sua história passa uma inextinguível Ofélia e os seus sinos dobram, transformando em som a preservada imagem de um corpo que teima em não desaparecer. [Aníbal Fernandes]

-5%

11,77 €

11,18 €

TVA incluse

Disponible (1-3 jours dalai)

Ajouter au chariot

Ajouter aux Favoris

BRUGES-A-MORTA est de l'auteur Rodenbach, Georges et essaye

«Um dia, em 1475, o Mar do Norte bruscamente retirou-se; o Zwyn de repente secou, sem que fosse alguma vez possível desassoreá-lo ou voltar a restabelecer uma circulação de água; e Bruges, de ali em diante afastada dessa vasta mama do mar que lhe tinha alimentado os filhos, começou a ficar anémica, e desde há quatro séculos agoniza. Como a cidade é comovente nesta tísica com séculos que a faz escarrar,  atingida por um golpe mortal, uma a uma as suas pedras ù como pulmões  ù e sobretudo comovente numa manhã de Novembro outonal, como esta, sob um céu de palidez parecida com a suaà» Sob o tecto desta nostalgia, já Georges Rodenbach (Bruges, 1855-1898) estava prestes a chegar à história que desde 1892 ficou para momento maior na sua literatura e o fez célebre quando apareceu, como folhetim, em números sucessivos de Le Figaro; sem adivinhar que dezassete anos depois (nove  anos depois da sua morte), este mau destino de Bruges seria remediado  com um novo canal que a deixaria ligada ao porto de Zeebruge. E se a cidade deixou de ser porto importante, apesar da sua nova ligação ao mar, fez-se animado centro turístico. A sua beleza triste, com velhos edifícios a mirarem-se na água e árvores inclinadas sobre os canais, agita--se com multidões que frequentam as esplanadas da GrandÆPlace e ali, mesmo ao lado, aguardam a sua vez para entrar em barcos que percorrem motorizadamente um cenário onde melhor ficariam remadores, irmãos dos que persistem em Veneza. (Note-se que a realidade da nova Bruges existe desde 1990 noutro livro com um título oposto; é de Dominique Rolin, explora esta diferença sobrepondo-a à imagem literária que nos resta de Rodenbach, e para tornar claro o impulso que o domina deu-lhe o título provocatório de Bruges-a-Viva.) Mas «a Morta» é, na Bruges de Rodenbach, uma tristeza de pedra e água que ainda agora persiste, e a memória de uma mulher amada. Nos canais da sua história passa uma inextinguível Ofélia e os seus sinos dobram, transformando em som a preservada imagem de um corpo que teima em não desaparecer. [Aníbal Fernandes]

BRUGES-A-MORTA c'est un livre du genre RÉCIT de ROMAN de l'auteur Rodenbach, Georges édité par SISTEMA SOLAR dans l'année 2013.

BRUGES-A-MORTA a un code ISBN 978-989-8566-30-0 et se compose de 128 pages. Dans ce cas c'est le format papier, mais nous n'avons pas BRUGES-A-MORTA au format ebook.

Nous avons aussi d'autres titres de l'auteur Rodenbach, Georges que l'on peut retrouver dans notre librairie en ligne en plus de BRUGES-A-MORTA

Brujas la muerta

-5%

Brujas la muerta
Rodenbach, Georges

14,50 € 13,78 €

BRUJAS (LA MUERTA)

-5%

BRUJAS (LA MUERTA)
RODENBACH, GEORGES

21,00 € 19,95 €

BRUJAS, LA MUERTA

-5%

BRUJAS, LA MUERTA
RODENBACH, GEORGES

7,50 € 7,13 €

D'autres livres de ROMAN

Estoig cinquanta ombres

-5%

Estoig cinquanta ombres
James,E.L.
ROSA DELS VENTS

44,90 € 42,66 €

En la oscuridad

-5%

En la oscuridad
Rankin, Ian
RBA

9,95 € 9,45 €

Cuando acabe el invierno

-5%

Cuando acabe el invierno
Clark Bremer, Mary Ann
PERIFERICA EDITORIAL

14,00 € 13,30 €

D'autres livres de SISTEMA SOLAR

O LAZARILHO DE TORMES

-5%

O LAZARILHO DE TORMES
Anónimo
SISTEMA SOLAR

15,69 € 14,91 €

O MENTIROSO

-5%

O MENTIROSO
James, Henry
SISTEMA SOLAR

9,81 € 9,32 €

BOM CRIOULO

-5%

BOM CRIOULO
Caminha, Adolfo
SISTEMA SOLAR

13,74 € 13,05 €