CORPO ESTRANHO
CORPO ESTRANHO PLINIO JUNQUEIRA SMITH
Editorial:
ALAMEDA
Year of edition:
2014
Matter:
POETRY
ISBN:
978-85-7939-085-2
EAN
9788579390852
pages:
94
Collection:
POESIA
High:
208 High
Width:
134Width
Idiom:
PORTUGUES

A meditaçao da desesperança, por incidir na desconfiança de nossas verdades, finge postular, com humor, a indicaçao da poesia como remédio, embora incerto, para a pletora de males desencadeados pela sorte - uma espécie de deslocamento da filosofia, entendida como lenitivo para as dores do mundo e o aprendizado da morte, para outras paragens, em que a alegria salta, meio selvagem meio fanfarrona, com o  desprezo da contemplaçao, vale dizer, da aceitaçao da brevidade da vida e o triunfo da morte. Um subtexto filosófico e poético, em que Platao e Aristóteles, Joao Cabral e Augusto dos Anjos, Borges e Cruz e  Sousa comparecem assimilados, destila humor e uma certa ironia que atinge nao as referencias, mas o próprio referente: o sofrimento, a dor de viver. A força da meditaçao está em contornar a fonte obscura do sofrimento, patenteando aquilo que conscientemente pode ser o conhecimento de si.

Esta mudança de tom poderia parecer esquisita, pois o acento nao mais decorre de assunto, nem das referencias óbvias das alusoes doentias. Nao mais Cruz e Souza e Augusto dos Anjos; agora as referencias sao outras, algum Drummond de Claro Enigma, Joao Cabral, algum Borges. Com eles, Plínio inflecte a ironia, mantendo a melancolia agora na chave da linguagem mais pura, sem alegoria. O tom meio burlesco desaparece, com que a meditaçao toma, finalmente, o rumo mais da poesia, menos da filosofia. Efeito, talvez, da ascese propiciada, nao pela platonica descida ad inferos, mas pela conquista da única epopeia de salvaçao à nossa disposiçao:vida toda linguagem.

Mas a visada das altas paragens  poéticas é continuamente desconstruída por designaçoes que pelo seu nao-senso produzem efeitos grotescos: humor que contraria a ironia socrática e as platonicas ascensoes. Com isto o sujeito é descentrado transformando-se antes em espetáculo que em ser meditativo. Um realismo grotesco toma o lugar dos simbolismos e desrealiza a suposta intimidade, ao substituir o decoro da linguagem por figuraçoes em que se reconhece o trabalho, inconsciente, de elaboraçao que espanca a morte: melancolia.

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A meditaçao da desesperança, por incidir na desconfiança de nossas verdades, finge postular, com humor, a indicaçao da poesia como remédio, embora incerto, para a pletora de males desencadeados pela sorte - uma espécie de deslocamento da filosofia, entendida como lenitivo para as dores do mundo e o aprendizado da morte, para outras paragens, em que a alegria salta, meio selvagem meio fanfarrona, com o  desprezo da contemplaçao, vale dizer, da aceitaçao da brevidade da vida e o triunfo da morte. Um subtexto filosófico e poético, em que Platao e Aristóteles, Joao Cabral e Augusto dos Anjos, Borges e Cruz e  Sousa comparecem assimilados, destila humor e uma certa ironia que atinge nao as referencias, mas o próprio referente: o sofrimento, a dor de viver. A força da meditaçao está em contornar a fonte obscura do sofrimento, patenteando aquilo que conscientemente pode ser o conhecimento de si.

Esta mudança de tom poderia parecer esquisita, pois o acento nao mais decorre de assunto, nem das referencias óbvias das alusoes doentias. Nao mais Cruz e Souza e Augusto dos Anjos; agora as referencias sao outras, algum Drummond de Claro Enigma, Joao Cabral, algum Borges. Com eles, Plínio inflecte a ironia, mantendo a melancolia agora na chave da linguagem mais pura, sem alegoria. O tom meio burlesco desaparece, com que a meditaçao toma, finalmente, o rumo mais da poesia, menos da filosofia. Efeito, talvez, da ascese propiciada, nao pela platonica descida ad inferos, mas pela conquista da única epopeia de salvaçao à nossa disposiçao:vida toda linguagem.

Mas a visada das altas paragens  poéticas é continuamente desconstruída por designaçoes que pelo seu nao-senso produzem efeitos grotescos: humor que contraria a ironia socrática e as platonicas ascensoes. Com isto o sujeito é descentrado transformando-se antes em espetáculo que em ser meditativo. Um realismo grotesco toma o lugar dos simbolismos e desrealiza a suposta intimidade, ao substituir o decoro da linguagem por figuraçoes em que se reconhece o trabalho, inconsciente, de elaboraçao que espanca a morte: melancolia.

CORPO ESTRANHO it is a book of the genre LITERATURE de POETRY from the author PLINIO JUNQUEIRA SMITH edited by ALAMEDA in the year 2014.

CORPO ESTRANHO has an ISBN code 978-85-7939-085-2 and consists of 94 pages. In this case it is format paper, but we don't have CORPO ESTRANHO in format ebook.

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